se a razão já não convém
minha pele sofre
o que a alma recebe
como pode haver
tanto amor guardado
e nada ser pra mim?
se eu tivesse mais idade,
quem sabe,
pra costurar esses caminhos
desatar meus nós
e construir o nós que há
em minha mente
cega e inocente
o que será o fim
desse início esperado?
o que será, por fim, do meu
eu desesperado?
por você
por quem espero sem pretensão
cuja lembrança é a de um olhar
tão conciso que me revolta
por não tê-lo sobre o meu
o rubro é inevitável
mas ao observá-lo de perto
em minha pele
ele desaparece como uma brasa
que vai apagando
o vermelho incandescente
que tinge pontos específicos
eles podem ser mapeados, se
quiser
é mais fácil não se perder
quando já se conhece a estrada,
as curvas, as pedras …
se esse caminho tiver formato de gente,
muito prazer