Suave Rio
Suave Rio
No seu leito o suave rio corria
Por entre a vegetação de muitos arvoredos,
Ao longe, a longa serrania
Formada por rochas e alguns penedos…
Nas margens a verde lezíria
Contrasta com alguns rochedos,
No areal dourado o sol batia
E na areia escondia meus segredos!
Ao longe o eco da voz se ouvia
Sem que dos fantasmas tivesse medo,
Na límpida água o seu rosto via
Assim se construiu este enredo…
Para a clara água o poeta sorria
Com o seu olhar sereno e quedo,
Fez a aguarela, pintou a fantasia
E regressou ao seu degredo!
Pelo rio que para o mar descia
Num tosco e primitivo lenho,
Da mais pura fantasia
A lembrança que ficou e tenho:
Mais não é do que a grande magia
Que nos humildes versos desenho,
Me dão alguma alegria
Pese embora a grande falta de engenho!
Casmil, 22.07.2021