CUIDADO POR ONDE ANDA
Passa por onde se foi
Passando na volta da minha
Demora não sabe esperar
Derrama meu choro sem rima
Morre e nasce de novo
Qualquer destampado vazio
Sangra e estanca no sopro
Sopra a sopa do mendigo
Rios de muitos sabores
Céu de todos as cores
Acordes da melancolia ouvida no sinal
Abre e implora
Sinta-me novo, sinto-me culpado
Foram roubadas as flores mais reluzes
Não debruce sobre a janela
Está sujo o parapeito
Além de poeira têm histórias macabras
Ascenda uma vela cega
No cerol da tramela
O pelo do gado novo
Biscoitos que deixei cair no copo
Viraram bezerros desmamados...
Pisei no estrume, que merda!