FÊNIX DA VIDA MODERNA

Olá fiel e estimado amigo;

Ao romper desse místico invólucro

Dá-me a tua mão sem medo, vem comigo

Tu será então espectador do antigo ofício;

Que o zeloso útero grego criou;

Ofício esse orquestrado com galhardia.

Moldo-me ao ambiente feito camaleão;

Torno-me manso ou aldás, sigo a estrofe da escrita ode.

Morro agora para nascer vívida noutro dia.

Você diz que eu coleciono glórias;

Meu caro ouvinte, é um ledo engano,

Eu apenas sei contar histórias.

vivo do aplauso e da luz do holofote,

Afirmo-lhe aí, não há melhor moeda;

Com tal paga alço voo altivo e forte.

Quando finda o espetáculo e o lume da ribalta;

Volta a flamejante ave exausta ao ninho

É hora então da imponência se despir,

Deixando resignada a emprestada existência

Para noutra ocasião ser chama ardente em rebento.

finjoquesoupoeta
Enviado por finjoquesoupoeta em 19/07/2021
Código do texto: T7303026
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