FÊNIX DA VIDA MODERNA
Olá fiel e estimado amigo;
Ao romper desse místico invólucro
Dá-me a tua mão sem medo, vem comigo
Tu será então espectador do antigo ofício;
Que o zeloso útero grego criou;
Ofício esse orquestrado com galhardia.
Moldo-me ao ambiente feito camaleão;
Torno-me manso ou aldás, sigo a estrofe da escrita ode.
Morro agora para nascer vívida noutro dia.
Você diz que eu coleciono glórias;
Meu caro ouvinte, é um ledo engano,
Eu apenas sei contar histórias.
vivo do aplauso e da luz do holofote,
Afirmo-lhe aí, não há melhor moeda;
Com tal paga alço voo altivo e forte.
Quando finda o espetáculo e o lume da ribalta;
Volta a flamejante ave exausta ao ninho
É hora então da imponência se despir,
Deixando resignada a emprestada existência
Para noutra ocasião ser chama ardente em rebento.