Retrato da alma
Seu rosto é um poema
que surge ao longe, aqui...
como quem principia uma cena.
Ascendência em nossa origem latina
carrega no bojo seu sentido original
de saber a saltar olhares!
Uma semente tão diminuta,
Uma moça história germina,
qual flor de açucena!
De um riso, de amor, de sonho...
Como estrela mais reluzente
raia nova aurora
num canto, um raio de sol!
Flor nova inebria nossa marcha!
Fonte pura guia nosso horizonte!
Amor novo a completar nossos dias!
Original ser a desabrochar
forma-se botão, moça, menina!
Seja Luzia, Rafaela, Mônica, Hannah...nem importa...
Seu nome vem como selo
mudar a nossa fábula,
vira conto bem narrado.
Desfolha qual nuvem suave
de tez angelical...
Assenta, faz morada contínua.
Inventa novas concepções,
traz outras quimeras...
Muda nossos caminhos...
Aponta outros portos...
É perfume inebriante em nosso lugar
um bálsamo a seduzir nossos olhos nublados
que volvem para um mesmo caminhar...
Sábia, sedutora, guardiã de sons
que tremeluzem às ondas de viva luz!
Já vislumbramos seu olhar translúcido,
seu doce sorriso cativante,
sua rósea pele aveludada...
Seus passos cruzando com os nossos,
seu silêncio ecoando em nossa canção,
seus braços estendidos em nossa direção...
Sua voz entoando novos sons...
Com ela faz-se mais a família,
como bem-aventurança, uma ideia,
um broto, um evento, um porto, uma estação...
uma nova era, como lírio do campo...
Rebento perfeito, amor sem igual!
Assim, num palpitar, nasce-nos Cecília!