Ode à liberdade

Leves como plumas

são os passos seus

a reger meus nortes,

rumo ao arco-íris,

beirando as cercas

a despontar aos céus...

Num repente beira-se

a mirar os pés

vão-se cambaleantes

tatuando os nós

e em queda se abatem,

mudam-se de rumo,

sem rota vagam-se

peregrinam a esmo

a buscar os “eus”.

Andarilho em trilha

na solitude mor

encalça estrela a fio.

São tantas vivas pelejas

veredas em comboios toam...

Nos aflitos ombros ruem

as dores, os pesares todos

como revolta negra nuvem.

Sobre o ser combalido

palpita cintilante Luz

a enroupar o mortal ser...

Ente ignoto, reluzindo paz

paira sobre as gentes

como sublime e doce canto

que alarga a voz infinda

e no silêncio eclode

a demolir o princípio atroz

a sobrepujar soa a melodia...

em cantarolante ode

e do sombrio laço algoz

voa em pura liberdade

o cativo feroz!

Lucimar Oliveira
Enviado por Lucimar Oliveira em 19/07/2021
Código do texto: T7302889
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