Um livro e eu...

... na ta ,,,

que le

la sa

re na

de da

a ta

... o sono veio em meio

à chuva fina e infinita...

Mas fechei os olhos só

depois do fecho do romance.

Infladas as veias fluviais,

estas estão tornadas

lagoas aquosas formadas

pelas lágrimas pluviais

entornadas

por milhões

de olhos d’água celestiais...

Todas as casas

nesta inundada Cachoeira

semelham barcos encalhados.

Caem as gotículas teimosas

lá fora...

Mas aqui dentro

encharcando-me a alma,

esta repleta de marés cheias

‒ constantes ‒

nessa calma e invernal

vivência marajoara.

A carne em parte se desfaz

como os barrancos liquefazendo-se

nessa pequena estranha morte

introjetada pela extrema arte

‒ o sonho emerso

do profundo sono ‒

que nas páginas leva embora

essa canoa-rede e me apaga o ao-redor,

entrementes não me afoga na dor

e sim afaga-me na dormência

quase vegetativa deste corpo inerte,

embalando-se nessa viagem-saga

de Dalcídio, iniciada agora,

como quem nada

no interior deste útero

‒ em -Norte!

brião Extremo

do