Corpo & Alma
Na enseada do momento,
Busco-te como um solo seco busca água,
No parto efémero do vento,
Nada sede do beber para extrair a mágoa,
Oh! Magma das minhas ilusões
Que sejas o meu pecado,
Onde poderei encontrar inspirações,
Meu mal necessário,
Razão dos meus de(lírios),
Fonte da minha perdição,
Meu bem e mal querer,
Poderás dar-me a essência do seu prazer,
Benzer as vontades do meu ser,
No suco que escorre do teu ventre,
Néctar da sua doce colmeia,
Entre os lábios da sua bela flor,
Concentradas por terminações,
Despertando a ânsia,
Nervos que inspiram iões,
E soltam o perfume humedecido de ti,
Sedenta de que meus lábios os possam deliciar,
Tal como como nervos que se atiçam,
Para minha boca o saciar,
Murmuram os seus, pelo beber de mim,
Dessa língua que navega o centro,
Para atingir a superioridade do membro,
Da ânsia de molhar os lábios,
Ao licor esbranquiçado que ao minuto jorra,
Delicia-te para possas flutuar, não corra,
Nutra as forças para os gemidos suplantar os silêncios,
E para que os medos, não sejam os demônios das nossas almas,
Que o suor seja a combustão da paixão,
Entre as fagulhas que se somam na fricção,
Onde a espuma aumenta o êxtase de nós,
Ao encontro das loucuras de nós dois,
Rufam os movimentos das nossas cinturas,
Sincronismo da dança dos corpos,
Em reboladas voluptuosas,
Do sangue quente que queima as almas,
A medida que aumenta o calor,
A matéria eleva-se ao germinar do amor,
Sedes-me a sua alma, na essência dos gemidos,
Despertando a mestria do alcance dos dedos,
Do encontro ao desencontro,
Cravo possuído a rosa,
Poesia, transformando a prosa,
No ritual preenchido de emoções,
Duas almas na fusão de um único corpo,
Paixão e(terna), na definição dos amantes (...)
(M&M)