Inverterado
Principia em mergulhos
Rente ao reencontro da visão
Dos portais multidimensionais do grande mistério
Onde nada é novo
Ousando aprofundar nesse oceano inconsciente
A alma
Há de se alargar gradualmente
E tendo lentes postas sobre o seu presente
A chave para ressignificar-se
Cultivando a vida interior
Totalmente despido
Suas intenções, tornam-se nuas
E o ser, desabrocha em teus plurais
E na medida que o ser evolui
No vasto espiral de luz
Expandem-se os perímetros
Os arredores
Das fronteiras de limite que a veste faz com o desconhecido
Desiludido
E imerso nesse imaginário coletivo do mundaréu
Desconstruindo todos os equívocos
Sem identificar-se como réu (culpa)
E no fluxo
Desemaranhar-se do corpo de dor
Que tece a trama de memórias
Dessas diversas estórias da humanitas
Há de se ter longevidade n'alma
E mui calma, para fluir sobre as águas turvas
Dessa era impetuosa
Onde esqueceram-se os princípios
E sem asas, os seres se ligam ao passado
Malpassados, se perdem na ilusão
E vindo de lonjuras
Debruçando o teu olhar primevo, perante as miudezas
O encontro com as grandezas
Do céu dos céus: interior
Consciência
Ruindo com as pseudo-certezas
E apercebendo nessas alturas
Que quão longe olho
Mais antigo é o que vejo
Reverenciando a sabedoria ancestral
De sopro em sopro sagrado
Entremeia compreensões na alma
Por milênios sobre esta Terra
Comunando com os que semeiam
Mesmo diante das tempestades
E aqui
A compreensão é sinônimo de descontrução
Se ganha amplitude da visão
Atenção na ação
O ser desperto, recupera suas asas (á-la-cre)
As vivências se dão em volteios
Onde se aprende a coexistir no novo
Desfazendo o tal nevoeiro
E mesmo no epicentro
Desse vultuoso abismo opulento
Fluirá nas águas e se firmará na terra
Calcando em teu ser
Inverterado, assim como as tartarugas ...