Decifra-te
Leia-te nas entrelinhas
Nas linhas tortas das tuas mãos
Abra-te como um livro fosse
Uma história para cada não
Decifra-te com teus olhos horizontais
Cada canto do teu corpo mundo
Leia-te de trás para frente
Enfrente teus espelhos espessos
E não te enganes do teu paradeiro
Muitas vezes não habitamos em nós
Cobra-te felicidades e abraços ternos
Leia-te tuas histórias são tuas
Tuas memórias são teus nortes
Cubra-te de sortes e cega-te de tristezas
Há muito tua vida é uma imensidão
Dar-te tempo e ande teu caminho
No final sobrarás tu no teu destino.
Milton Antonio
16jul/2021