Corpos celestes
Corpos celestes
Vigio teus movimentos
Sigo teus passos, em movimentos mal feitos
Sempre piso na barra, me faço perceptível
Em tua malícia, brincas comigo...
Somos corpos distantes, nesse universo
Similares, sem saber o que abrigamos em nós
Atraídos pelas órbitas, és terra, eu lua
Cubro-me de pudores, vês-me nua
Sonhei um dia vencer distâncias
E tudo que consegui, medir o tempo
Fizeram-se anos-luz, nessa inconstância...
Teu mundo é repleto de apelos, roteiros
E eu aqui, produzindo vírgulas e entre meios
Como lua, a contemplar à terra à noite
Sabendo que, quem a ilumina é sol
Por ora, permito-me
Ser farol de tuas vontades...