Monólogo ou Solilóquio
Monologo da vida presente no cerradal seco,
de folhas secas, da normalidade queimada
no frio da madrugada onde surge a luz da clareza,
que ensaia a risada do tom em fala poética.
Juras de desejos em momento diverso,
ao brilho ofuscado, no brinde que não
se deu valor, no sopro em resposta
a bela virgem que um dia quis ser feliz.
Solilóquio de um casal tomando chuva no pontão,
nas entrequadras norte e sul, de um eixo arqueado,
como um só, desnudos na solicitude de um sonho passado,
na paixão que foi e não voltou.
Bucólico na ingenuidade da doideira em festa,
onde bate o coração nas risadas, nos questionamentos
de quem foi acolhido na correria das noites
eufórica da escuridão, no ato final da apresentação.