No alto da emoção...

Parecer estar distante,

O estreitamento dos passos,

Parecer ser noite em colorido envolvente,

Preenchendo toda íris dos olhos,

Mas, era apenas a viagem no pensamento,

O suavizar doce daquele vento,

O frêmito de um ilusão de imagens,

Pura sinestesia do sentir,

Um pano de fundo preto,

Ao descortinar do momento,

Entre paredes ladeadas de luzes,

Calçadas de pedras dos tempos idos,

Onde talvez os sonhos hão de passar,

Com alguns resquícios de orvalho,

Como marcas de um gemido momento,

Bem no alto da emoção,

A razão trilha a passagem vidrada,

O ser enxergasse na própria imagem de si,

Para no alto da imaginação,

Em busca de compreender as quimeras,

O minuto acorrenta o seu tempo,

A inércia de cada passo deixa o silêncio em guerra,

Como se tivessem todos a sua volta,

Relutante de que há uma barreira para transpor,

A hora se escasseia o silêncio resmunga a todo vapor

E em segundo o eu procura resposta...

De como transpor a invisível barreira,

Desencadeada pelo medo da travessia,

De repente uma brisa fina se solta,

E na alma nasce aquele brio,

E o breu do pensar desperta o silêncio,

As pernas ganham coragem de seguir,

O âmago confidencia com pensamento,

Deixando para atrás aquele frio vento,

Em busca de novas imagens entre a vidraça,

O palco tende ao verde da esperança,

O medo baixa as luvas e do alto,

A emoção transpõe a barreira da razão (...)

(M&M)