Um sujeito estranho ( Jesus )
• Um sujeito estranho ( Jesus )
• Marcos Moreno
• Eu caminhava pelas ruas da cidade quando encontrei
• Um sujeito estranho com um livro na mão, parei pra ver
• Ele falava de justiça, das injustiças e coisas da lei
• Achei esquisito, porém a curiosidade não pude conter.!
• Parecia ele mais um morador de rua, falava da lua
• Do canto dos pássaros e da luz do amanhecer
• Exaltava o sol do meio dia, a chuva que caía
• E também dizia do final de tarde e do anoitecer.!
• Era um conhecedor, falava de amor, do cheiro da flor
• Das pequenas coisas que não conseguimos perceber
• Tinha olhar magnético, profundo, falava do mundo
• E tudo que ainda estava para acontecer .!
• Falava da ambição, da mentira, da maldade, da traição
• Da solidão e do perdão que ninguém mais quer saber
• Falava das guerras e da maldade em nossa terra
• Que a cada dia, só fazia a humanidade sofrer.!
• Percebia-se um homem sério, cheio de mistérios
• Falava do adultério e dos valores que estão à perder
• Falava da riqueza, da pobreza e da farta mesa
• E daqueles que não tinham mais nem o que comer .!
• E enquanto ele ali falava, eu me distanciava
• Sem perceber eu viajava dentro do meu ser
• E quando eu dei por mim, uma voz disse assim:
• Obrigado filho, foi muito bom a gente se rever !
• Um sujeito estranho ( Jesus )
• Marcos Moreno
Obs:
Quando fiz essa poesia me lembrei de um " camarada " que ficava na proximidades da Praça da Sé em São Paulo, falando de Jesus com uma Bíblia na mão, ninguém prestava atenção e todos seguiam seus destinos, ignorando suas palavras...