NEY
Garoto tímido de Mondaí
Crescido e vivido na capital
Sonhou ser engenheiro
Mas, quis o destino
Que fosse desenhista
De sua prancheta
Saem cálculos e desenhos
Mas também
Sinfonias de letras
Em relações complexas
Sonhos a serem desvendados
Interrogações, anseios
Imaginações
Medos e absurdos
Numa confissão interna
De mágoas de infância
Insegurança nas escolhas
Num mundo onde o desajuste humano
É pontual, porém o amor
É universal
Sempre existem pedras no caminho
Que nos façam acordar da letargia
Da insegurança, da ganância
Exigências tão necessárias
Para o homem evoluir
Motociclista, artista
Com sua moto sai a passear
Conhecendo vales e campinas
Conquistando uma vida nova
A procura do seu interior
Que lhe faça feliz, realizado
Como escritor
Valmir Vilmar de Sousa (Vevê) 090721