Nas tessituras coronárias da minh'alma
Nas tessituras coronárias
De minha alma
Quero a leveza dos afetos efêmeros
E fugazes
Tênues,
Serenos
E viris como o dançar das pétalas
Com seu viço sujo da agonia louca
Do existir como flores
Do mato, dos riachos, dos rios,
Dos monturos, das lamas, dos estrumes
Preciso da sua libido
Pra matizar os meus dias
E respirar dos seus caminhos
E compor a vida
Nutrindo a minha existência
Com as cores do orvalho
Que emana de suas raízes
E fincar nas minhas estradas
As suas sementes com o devaneio do seu cio vigoroso
Da alegria imensurável
Sem razão e sem preocupação
Da orgia sagrada
E da ousadia do ser Flor
(08072021)