TEATRO DO MUNDO
por Juliana S. Valis
Curioso pensar sobre o teatro do mundo,
As máscaras que nos vestem durante anos
Para que, talvez, tenhamos utilidade
Entre as engrenagens do tempo,
Supondo que, no fundo, o mistério invade
O universo dinâmico e indiferente
Às nossas suposições...
Interessante a ironia por trás de tudo,
As contradições cíclicas entre as gerações,
As cobranças geradas desde o nascimento
Entre papéis e peças que não escolhemos,
Feito bebês devedores lançados ao mundo
Numa fome infinita de comida e de afeto,
Como heróis sem nome, que não vemos de perto,
Mas acabam vestidos entre versões do que são...
Curioso pensar sobre o teatro do mundo,
A questionável obrigação de corresponder
Às expectativas de pessoas inconscientes,
Que nos fizeram, acidentalmente ou não,
Nascer e crescer neste grande universo,
Misterioso e ileso às expectativas...
Mas, talvez, o que resta é a suposição tardia
De otimismo entre sonhos que vão,
Sobrevivendo aos altos e baixos da vida,
Além das máscaras de ironia,
Neste curioso e amplo teatro do mundo,
Que, no fundo, só exige perfeição e alegria,
Hipócritas condenando os mais frágeis por hipocrisia,
Covardes arrogantes exigindo dos outros a perfeição,
Como se eles mesmos nunca tivessem errado algum dia,
Enquanto a injustiça reina e nos desafia
A vermos algum aprendizado em cada dor mais fria,
Além de toda maldade e falta de empatia que há
Neste grande hospício teatral do mundo,
Que nada nos deve, no fundo,
Mas tudo não hesita em cobrar.
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https://literaturadigital.recantodasletras.com.br/
por Juliana S. Valis
Curioso pensar sobre o teatro do mundo,
As máscaras que nos vestem durante anos
Para que, talvez, tenhamos utilidade
Entre as engrenagens do tempo,
Supondo que, no fundo, o mistério invade
O universo dinâmico e indiferente
Às nossas suposições...
Interessante a ironia por trás de tudo,
As contradições cíclicas entre as gerações,
As cobranças geradas desde o nascimento
Entre papéis e peças que não escolhemos,
Feito bebês devedores lançados ao mundo
Numa fome infinita de comida e de afeto,
Como heróis sem nome, que não vemos de perto,
Mas acabam vestidos entre versões do que são...
Curioso pensar sobre o teatro do mundo,
A questionável obrigação de corresponder
Às expectativas de pessoas inconscientes,
Que nos fizeram, acidentalmente ou não,
Nascer e crescer neste grande universo,
Misterioso e ileso às expectativas...
Mas, talvez, o que resta é a suposição tardia
De otimismo entre sonhos que vão,
Sobrevivendo aos altos e baixos da vida,
Além das máscaras de ironia,
Neste curioso e amplo teatro do mundo,
Que, no fundo, só exige perfeição e alegria,
Hipócritas condenando os mais frágeis por hipocrisia,
Covardes arrogantes exigindo dos outros a perfeição,
Como se eles mesmos nunca tivessem errado algum dia,
Enquanto a injustiça reina e nos desafia
A vermos algum aprendizado em cada dor mais fria,
Além de toda maldade e falta de empatia que há
Neste grande hospício teatral do mundo,
Que nada nos deve, no fundo,
Mas tudo não hesita em cobrar.
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