opostos

quero ser leve

levantar voo do assoalho

pantanoso, esquecer o rosto

do esquelo, ver, não a folha

sendo empurrada, mas o vento,

invisível, não o rio, mas

sua força motriz, sua calmaria

de algas e escuros, suas pedras

que lhe pintam o assoalho, todas

são diamante com outras caras,

saber dos vales, belos, escuros,

assombrados, mas também a montanha

magica onde o sol planta suas raizes

saber do desespero, mas também da

esperançado que nos desenboca no

futuro, não o passado repassado,

mas o futuro com suas asas de novidades

com suas ninfas fogosas, com suas

festas, onde amizade não seja uma

exceção mas a regra pra uma vida

mais alegre, ir fundo, ir no medo ( que sentido teria a coragem?)

no vapor que exala do fundo do cosmo,

mas também brincar com a luz, com

as estrelas, com as cores que no mar

nos eleva o coração, tão linda a vida,

tão feia a vida, tao clara a vida, a

vida é morte e morte é vida, assim

como uma moeda a face mais clara

se coaduna com as mulheres mais velhas,

sou tantos, mas sou eu, que tantos

que tantos debruçam em naco de presença

tudo existe, por isso nada existe, somente

o ser movente, que move o mundo e a arrasta

para as profundezas, onde a verdade e a mentira

faz juntas um carnaval, comunhão, disso e aquilo

então respirar é pensamento, palavras são a carne

da existênca, nada sobra, tudo se desdobra no

amor que faz a viagem, mesmo que nao chegue

mesmo que não parta, porque a maior velocidade

essa onde o imóvel chega primeiro, porque

ele já está em todo canto.