Não expulse a borboleta
Pensava em você
Quando pousou a borboleta na mão
Quis expulsar, mas estanquei
Foquei de perto o paraíso
A frágil delicadeza
Transportada em asas
E na simetria do cosmo
Vagando em minha cabeça
Depois daquele dia
Quando nasci
Há uma outra dimensão?
Na qual criatura qualquer
Possa enxergar minha alma?
Você sou eu no espelho
Do artesão universal
Na ótica da ilusão
Quem sou sem você?
Um eu mais triste, sem mim
Sem sua boca, sua palavra
Seu gesto de parar o mundo