ALFINETE
Lembro de olhos
onde se acenderam brilhos
alardeando espantos.
E de gestos retomados,
como memórias preciosas
resgatadas aos cofres frios
do desinteresse necessário.
Lembro de calor
murmurado em palavras roucas,
sublinhando momentos
de intensidade doce.
E de encantamentos,
esculpindo em luz coada
a glória renovada
das carícias mais simples...
( A memória
como um alfinete,
espetado num mapa... )
Novembro, 2007