Humanidade, Sine humanitas; sem afetividad
e.
Às vezes me pego pensativo no vago da lida,
De uma vida, de um caminhar só de ida.
Das resposta que a solitude sólita é ouvida,
E nas horas de choro, choro só, sem guarida.
Vejo as amizades umas sinceras, outras fingidas;
Nutrindo o si mesmo, e jamais as outras vidas.
E, em sua liquidez matam o amor na vida liquida.
A boca diz, eu te amo; o peito quer a despedida.
Ah vida liquida! Que em sua mortal economia,
Tudo molda em sua obnóxia e estéril fantasia.
Onde o eu sempre prima ante o bem a outrem.
Assim seguimos, sem humanidade; sem o Bem.
(Molivars).