Humanidade, Sine humanitas; sem afetividad

e.

Às vezes me pego pensativo no vago da lida,

De uma vida, de um caminhar só de ida.

Das resposta que a solitude sólita é ouvida,

E nas horas de choro, choro só, sem guarida.

Vejo as amizades umas sinceras, outras fingidas;

Nutrindo o si mesmo, e jamais as outras vidas.

E, em sua liquidez matam o amor na vida liquida.

A boca diz, eu te amo; o peito quer a despedida.

Ah vida liquida! Que em sua mortal economia,

Tudo molda em sua obnóxia e estéril fantasia.

Onde o eu sempre prima ante o bem a outrem.

Assim seguimos, sem humanidade; sem o Bem.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 05/07/2021
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