QUERO A CURA PARA AS DORES DA ALMA

Eu hoje sei tão pouco,

Descubro que preciso aprender tudo que perdi das explicações nos bancos da vida.

Não aprendi a curar dores da alma,

Não colhi receitas de ervas à beira de estradas,

Cuidei apenas de seus aromas e sabores.

Quero o poder de cura delas,

Que elas acalantem o frio da alma ferida.

Busco receitas nos cadernos amarelados,

Entre suas páginas manchadas,

Quando da feitura de bolos adocicados.

Não encontro, vassala e tributada que sempre fui.

Na raiz de minha árvore há esperança para minhas folhas,

Não é sermão, como na Sexagésima de Vieira.

Tenho raízes, troncos, ramos, folhas, varas, flores e frutos.

Minhas raízes são, sim, muito fortes e sólidas.

Quero das folhas o chá para a cura deste momento,

Quero a parábola do semeador.

Isto também não é sermão,

É ramalhete

E do perfume de minhas flores,

Extraio a essência para o unguento,

Fundada nas raízes do Evangelho.

Encontro, então, o chá da cura para os meus amores,

Porque sou árvore fecunda

E meus frutos têm o doce da boa terra.

Encontro, enfim, o meu saber de hoje, para todo o sempre.

Que assim seja!

Dalva Molina Mansano

04.07. 21

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 04/07/2021
Código do texto: T7292671
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