Alma, silêncios e solitude (...)
Coube em mim o silêncio da alma,
Desce o véu, vestida de prata,
Feito brisa serena e nua,
Eis que chamamo-lhe Lua,
Havia tempo de desespero,
Em que o medo imperava,
Rouxinol entoava o canto do horizonte
Em que a sorte nem abraçava,
Tal Sol longe do poente,
O vento anunciava pressagio,
Das nuvens fechadas de céu cinzento,
A ilusão a descrevia única,
Onde morrer de amor era praxe da paixão,
Quase não havia explicação,
Para tanto farol de saudade,
Estava sempre presente,
Embora distante,
As tantas eram miragens do banzo,
Cobrou-lhe que devolvesse o tempo,
Da reminiscência...
De ancorar naquele porto,
Dos náufragos de sentimentos,
Confundida névoa da ilusão,
Havia um tempo escondido,
indagando-se, como se algum um dia,
Pudesse fugir de tudo,
No extremo de cada solitude,
Tesouro, que já havia definido o pirata...
Hei de acentuar todos os silêncios da alma (...) "
(M&M)