O Calar Do Tempo
O tempo se cala, exala o insano
descansa nas nuances da poesia
reabre áreas nômades,
surtos e colisões
altera o imóvel que nunca desliga
se faz de bobo, torto e surdo
fita a diáspora dos sentimentos
deseja a seiva de horas póstumas
sorve o sangue
de vazões inesperadas
aleja o caos que debruça
no veneno do amor
rói o pêndulo que dita a saudade
tempera o instante
com o sal de lágrimas
diz a eternidade que
tudo vive no agora
e a Vida se faz verão...