Entregue...

Entregue!

Meu corpo, minha alma, leve...

Flutuando em teus versos, devassos, insanos, profanos!

Meu laço, meu abandono, meu dono.

Mergulho bem fundo, nas tuas loucuras.

Nasci em teus sonhos, sou teu sonhar!

Teu corpo, pele, braços, pernas... teu sexo.

Meu oceano de sensações, meu vulcão em erupção.

Que despertas e injetas imagens a tua vontade,

Pedindo passagem em meu corpo,

Com jeito manso... selvagem.

Me atiro na viajem por ti projetada,

Por minha alma tomada de amores, meu sedutor...

Meu anjo- pecado, meu querido amor!

Teus versos, como flechas,

Acertou o meu coração,

Prisioneira que estou,

De tuas fantasias e ilusões!

Te quero poeta, em minha vida, em meus sonhos,

Delírios, fulgores, amores...

Me chama que vou.

Te empresto minha boca.

Me invade com a língua,

Me alucina, me agita me instiga.

Sem pedir permissão.

Sou tua, nua e crua!

Sem vergonhas, sem barreira nem roupas na alma!

Só tuas mãos eu imploro.

Retiro a vergonha dos versos,

Deixo voar solto meu instinto.

Me vira do avesso,

Do fim ao começo.

Me bota de quatro, de lado,

Em cima, em baixo...

Sou tua revelação, teu tesão!

Tua mulher, tua menina!

Mordendo, mordida.

Nos seios, na boca, barriga...

Joelhos no chão,

Entregue estou,

Toma meu coração faz morada.

Faz de meu corpo tua casa.

Mais me faz arder de paixão!

Observadora
Enviado por Observadora em 17/11/2005
Reeditado em 18/11/2005
Código do texto: T72909
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