Poesia não mata a fome...

O poeta vive com a cabeça nas nuvens

Num mundo mais imaginário do que real,

Pois a realidade que existe é mortificante

E o poeta quer existir no que pode ser criado!

O poeta quer viver da sua poesia,

Porém ela não mata a fome!

D'alma sim, do corpo não...

Centenas de poetas só foram reconhecidos

Após suas mortes miseráveis...

Alguns tornaram-se gênios imortais,

Mas milhares de poetas marginais

Arrastaram suas vidas em trabalhos inglórios,

Porque a poesia não mata a fome

E a fome do corpo dói, corrói e destrói a alma...

Busco um trabalho para sentir que realizo e produzo algo que é palpável...

A poesia é uma fumaça de palavras feito algodão doce

Que consigo tocar e orquestrar em versos para que me leias...

Mas tú? Consegues tocar?

Mata a fome da tu' alma,

Não mata a fome do meu corpo!

Poesia não mata a fome...

E eu como todo dia, verso por verso, palavra por palavra, estrofe por estrofe

E cago ritmo, melodia e rima todo dia...

Quer comer também?

Poesia é comida que não sacia!

Tu comes e nunca mais deixas de comer...

Brendda Neves

Brendda Neves
Enviado por Brendda Neves em 01/07/2021
Código do texto: T7290689
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