ESPANTO
Por vezes, me espanto
comigo mesma...
me pego falando sozinha
criando elos das preocupações
imersa em fantasias
Faço um mergulho
no meu submundo
vasculho cenas e remexo
em sentimentos profundos.
Me assusto!
Recuo!
Ao me olhar no espelho
o que vejo?
Um semblante taciturno
de uma pessoa
com um pé no passado
e com receio do futuro
Remexo meus arquivos pessoais
me deparo com pendências
de projetos e expectativas diversas
que a mim, sempre enviam sinais
Acesso o computador
os textos indicam o que me pertencem
Sentimentos guardados há tempos
Sensações de descontentamento
Emoções a flor da pele,
em todo momento
Por vezes, me espanto comigo mesma
Seria eu, mulher de tantas incertezas
através das impressões primeiras,
capaz de esconder minhas fraquezas
atrás de um véu de sutilezas...
Registro aqui as interações dos poetas:
Jacó Filho
O que o espelho diz,
Fica sendo me segredo.
Cada dia um novo medo,
Mesmo assim, sou feliz...
Joaquim Veríssimo Ferreira Filho
Meu Deus d'onde eu venho
Onde estou a caminhar
Ilumina-me e assim tenho
Clareza onde vou chegar!
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