O sentido
Não sei se é cansaço mental,
Não sei se é o melancólico do auto,
Em termos de perda de energia potencial.
Não sei se é a fixação no objeto,
A negação da perda.
Não sei se cabe explicação.
O que eu sinto é quase que como invisão,
Que incide em incisão,
De tanta luz;
Pergunto-me, luz?
Não sei o que sinto ao escrever esta prosa,
Se poética o é, não sei.
Não sei o que sinto ao pensar sobre os ditos,
Se vistos, não mais.
Não sei se atribuirão a mim sensações,
Não sei se a mim alguma atribuição há,
Ou se algun pensa em atribuir algo a mim.
Não sei se pensam, não no sentido de pensamentos que são inevitáveis,
Ao certo não sei, realmente não sei.
Pensam? Raciocinam? Analíticas?
Tantas, tantas cosas, yo no sé.
Eu não sei, ao certo é bem certo,
Tão certo, esta incertitude.
Invisível aos olhos dos que pensam saber.
Eu realmente amo tudo o que faço,
Se amo, termos não preciso utilizar.
Utilizá--lo-á apenas, em certas ocasiões;
Há tempo para tudo...
Se tempo é algo ao menos,
Certamente eu não sei,
Uma coisa é certa,
Que eu não sei.