POEMA SEU
Não te conheço, não vi teus ais,
Mas quando tu'alma escreve, vejo-te
E não te vejo e sinto como aos banais,
E com muito respeito, abraço-te.
É de mim, aplaudir teus "rios",
Atento, ouvir teus "assobios",
E até acolher teus "prantos"
Que surgem dos íntimos recantos
De tu'alma.
Nem sei se quero saber quem és,
Meu admirar já nos une
E não pune
Os erros nossos de cada dia.
Enquanto isso, fico a ver-te nos versos
E a entregar ao universo
Os talentos nossos de berço
Para que cheguem às estrelas.
O prazer foi meu em ler-te
E ver-te
Sem jugar-te
Sem condenar-te
E em aplaudir cada passo seu.
Ênio Azevedo