LOUCAMENTE NORMAIS
por Juliana S. Valis
Mente acelerada...
Queremos trezentas coisas ao mesmo tempo
Com a mesma intensidade, no vento,
De quem não quer nada!
E talvez a estrada nos leve
Nesse breve delírio de viver,
Cantando em silêncio pra lua
Quando apenas a rua dos sonhos
Fluta além das verdades,
E muito além das saudades
De tudo aquilo que poderíamos ser,
Mas, de fato, não somos,
Nesse labirinto insensato de estrelas,
Supondo que, ao vê-las, nossa alma desperte
E, sem calma, nos ame, nos grite e nos teste
Na pretérita suposição do amanhã,
Além dessa mente, vivente e acelerada,
Que, paradoxalmente, nos brada
Na ambivalência da insanidade mais sã !
Mas somos normalmente tão loucos,
E tão loucamente "normais",
Que muitas vezes, não vemos,
Nossa vida passando no cais,
E apenas os barcos do tempo
Navegam pelos mares de estrelas,
Em contraditórias emoções, sem contê-las,
Na esperança que algum delírio nos traz,
Enquanto o mundo nos vende seus rótulos,
Carimbando os outros de "loucos",
Quando todos nós ficamos, ao poucos,
Assim, loucamente "normais"...
Porém, algumas loucuras são mais aceitas
Que tantas outras, nessa "normal" hipocrisia tão louca,
Que o teatro do mundo nos leva, distorce e nos traz,
Rindo, chorando, fingindo e sonhando,
Nas ambivalentes cenas de nossas telas mentais,
Até que o coração grita, em silêncio, assim, quando,
Além das estrelas, da lua e do mundo, a alma, cantando,
Pede algum profundo - e mais simples - resquício de paz.
por Juliana S. Valis
Mente acelerada...
Queremos trezentas coisas ao mesmo tempo
Com a mesma intensidade, no vento,
De quem não quer nada!
E talvez a estrada nos leve
Nesse breve delírio de viver,
Cantando em silêncio pra lua
Quando apenas a rua dos sonhos
Fluta além das verdades,
E muito além das saudades
De tudo aquilo que poderíamos ser,
Mas, de fato, não somos,
Nesse labirinto insensato de estrelas,
Supondo que, ao vê-las, nossa alma desperte
E, sem calma, nos ame, nos grite e nos teste
Na pretérita suposição do amanhã,
Além dessa mente, vivente e acelerada,
Que, paradoxalmente, nos brada
Na ambivalência da insanidade mais sã !
Mas somos normalmente tão loucos,
E tão loucamente "normais",
Que muitas vezes, não vemos,
Nossa vida passando no cais,
E apenas os barcos do tempo
Navegam pelos mares de estrelas,
Em contraditórias emoções, sem contê-las,
Na esperança que algum delírio nos traz,
Enquanto o mundo nos vende seus rótulos,
Carimbando os outros de "loucos",
Quando todos nós ficamos, ao poucos,
Assim, loucamente "normais"...
Porém, algumas loucuras são mais aceitas
Que tantas outras, nessa "normal" hipocrisia tão louca,
Que o teatro do mundo nos leva, distorce e nos traz,
Rindo, chorando, fingindo e sonhando,
Nas ambivalentes cenas de nossas telas mentais,
Até que o coração grita, em silêncio, assim, quando,
Além das estrelas, da lua e do mundo, a alma, cantando,
Pede algum profundo - e mais simples - resquício de paz.
Fonte das imagens: PInterest
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