A cara da fome
A casa onde a fome mora
Dar pra ver da nossa janela
Imagem terrível aquela
Denegrindo a nossa história
Se vê gente só de cestelas
Ver-se outros só o cangaço
Que sem lágrimas não choram
De tanta fraqueza e cansaço
Tão secas estão suas vidas
Que os moldes da barriga
São colados ao espinhaço.