A cara da fome

A casa onde a fome mora

Dar pra ver da nossa janela

Imagem terrível aquela

Denegrindo a nossa história

Se vê gente só de cestelas

Ver-se outros só o cangaço

Que sem lágrimas não choram

De tanta fraqueza e cansaço

Tão secas estão suas vidas

Que os moldes da barriga

São colados ao espinhaço.

Joaquim Veríssimo Ferreira Filho
Enviado por Joaquim Veríssimo Ferreira Filho em 24/06/2021
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