VISÃO
Sentada à calçada a ver a lua
Cabelos soltos cobrindo seus seios,
Parece uma pintura lusitana
Uma musa que não faz parte do meu meio.
Vejo à distancia
Fecho os olhos a sonhar docemente,
Sinto-me afagando-lhe os cabelos
E beijando seus lábios suavemente.
Sinto suas mãos macias
Arranhando o meu dorso em sua fome,
E ali na luz da lua
O nosso amor nos consome.
Sinto o arfar do seu seio
O coração encher-se de anseio,
E explode em mim o desejo
Aquele que chamamos de segredo.
E ao voltar do meu sonho
Olho à calçada mais não a vejo,
A musa foi dormir, e agora?
Volto a sonhar com seus beijos.
ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
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LEI Nº 9.610/98
22/06/2021