NÃO DEIXE
Não deixes o porco ofendido
comparando-o com um ladrão,
Não venhas magoar, porém,
a raça bendita do cão.
Chamar político de burro,
é injuriar inocente animal,
Compare-o consigo mesmo,
Fazendo justiça afinal!
É a era do despreconceito,
Deixemos as classes em paz,
Mas não o tal governante
Que desgoverna o que faz!
Não fales mal do macaco,
Que nem vos conhece!
Olhai para essa república,
Que rouba, engorda e cresce.
Quem é a besta, quem é o homem?
Vejo o desdém com o norte certo,
A navegação nas bravias ondas,
E o capitão com tudo encoberto.
Achincalhar almas que se foram,
Desafiando os olhos e os ouvidos.
Que animal faria essa loucura
De não abafar seus próprios ruídos?