Recordando meu pai

Lembro de sua voz

Calma e alegre

No banco ao lado do portão, assentado

Seu cigarro de palha preparado

Alimentava com tragos compassados

Soltava a fumaça como um suspiro

Prazer realizado

Respiração ofegante

O pigarro sufocante

Agradar era seu lema

Sempre estendeu a mão

Perguntando se está bão (bom)

Todos o chamam de Tião

Tião da Diolina

Dizem que era linda

Mãe em dois casamentos

De Joaquim Cândido, sou neto

O outro não conheci

E nem sei o nome

Dos dois foi madame

De mim foi avó

De todos Diolina Rosa

Sou filho do Tião

Neto da Rosa

Sou Zé H Rosa

Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 22/06/2021
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