Recordando meu pai
Lembro de sua voz
Calma e alegre
No banco ao lado do portão, assentado
Seu cigarro de palha preparado
Alimentava com tragos compassados
Soltava a fumaça como um suspiro
Prazer realizado
Respiração ofegante
O pigarro sufocante
Agradar era seu lema
Sempre estendeu a mão
Perguntando se está bão (bom)
Todos o chamam de Tião
Tião da Diolina
Dizem que era linda
Mãe em dois casamentos
De Joaquim Cândido, sou neto
O outro não conheci
E nem sei o nome
Dos dois foi madame
De mim foi avó
De todos Diolina Rosa
Sou filho do Tião
Neto da Rosa
Sou Zé H Rosa