POEMA DE GESTO EXTREMO
abre cortina de nuvem, o vento
mostra azul pardo o céu infeliz.
tanto frio desabriga a saudade
pálido lábio é mais do que ser só!
exagera no tremor o dia gelado
e eu que te chamo em meio ao fado
transpiro calores inventados no amor!
ah... se em tudo o que sou capaz
houvesse um mínimo de perdão,
corria eu em sua direção
e sem pensar em desmedidas,
abria o peito em flor sofrida
e me entornava na saliva.