Criar é preciso, atar não é preciso não.
Ele não dava ponto sem nó.
Um dia errou o ponto.
O nó não desatou, tentou se livrar, um nó pior ainda em cima se formou.
Insistiu no trabalho,
Coitado.
Errou a mão, o tecido estragou.
Ela observava tudo, alheia
Tentou ajudar, mas que nada,
Recolheu suas linhas, coloridas
Foi tecer em outros pagos.
Criar era preciso, desatar nós ela não sabia,
Pensando bem, não queria.
A vida era urgente,
A vida era um sopro,
Nós resistem ao tempo,
Impedem qualquer crescimento.