Coração do poeta
Naquela estrada, o meu olhar vai longe.
Não consigo alcançar o seu final,
Pedras pontiagudas machucam os meus pés,
Nem por isso desisti da caminhada.
Volto meu olhar no luar, não é lua cheia,
Tenho certeza.
Seu brilho se confundia nas águas
Elas, sem que eu quisesse...
Brotaram nos meu olhos,
Entrei no quarto, as paredes em silêncio.
Encostei-me no travesseiro,
O meu coração apertou...
De repente me vi no sonho,
O pedido sussurrando no meu íntimo.
A vontade de escrever vinha
A distância,
Ao mesmo tempo que meu coração
dava as mãos à minha alma.
Senti o aroma de flores, e o gosto do vinho,
Elas que não murcham e não
Morrem, e o vinho sem carinho,
Seriam rosas?
Margaridas?
Jasmim?
Seria água, ou uma taça quebrada
ou um desejo forte em mim?
Doce aroma além do meu saber.
Nosso jardim
Alcançou o maior segredo do
meu silêncio, sem querer.
Do meu olhar marejado
Corriam lágrimas soltas,
Não era tristeza, mas não era a felicidade.
Quem ama a vida, sabe o que digo,
O coracao e a alma do poeta, se perde
em qualquer cidade.