Estranha
Começa a noite, recomeço do sonho, é o tempo que a terra vai me levar de volta à realidade das manhãs que eu tracei, o amanhã é uma suposição que em minha ignorância planejei. Um afago na alma não significa que num passe de mágica algo vai mudar, no discorrer da minha vontade, que às vezes parece me engolir, algo me intimida, rasga um silêncio e ao mesmo tempo abafa, trava as minhas palavras, e a noite parece entrar totalmente feito um mundo dentro de mim, sinto-me bem pequena para tantos sonhos.
Sem um gesto que venha me recuperar, perco um gosto, a concentração, troco os sonhos pelo vazio, preciso achar o caminho. Quero esquecer a minha alma que tanto vem me cobrar, quero ao caos da vida me misturar talvez não saia ilesa, essa é a solução para nesse sentimento estranho, perder pela vida, essa estranha que sou, quero o chão, cansei de voar, dou adeus a poesia. Fantasia, deixe-me em casa, quero a minha vida sossegada, simples, banal, não quero mais sonhar.
Sem um gesto que venha me recuperar, perco um gosto, a concentração, troco os sonhos pelo vazio, preciso achar o caminho. Quero esquecer a minha alma que tanto vem me cobrar, quero ao caos da vida me misturar talvez não saia ilesa, essa é a solução para nesse sentimento estranho, perder pela vida, essa estranha que sou, quero o chão, cansei de voar, dou adeus a poesia. Fantasia, deixe-me em casa, quero a minha vida sossegada, simples, banal, não quero mais sonhar.