CACHOEIRA DE SENTIMENTOS
Juliana Valis




Não são águas, apenas, que caem tão sós,

Cachoeira intrépida do amor e sorte,

São sentimentos lídimos desabando em nós,

Assim, nos ventos, entre vida e morte...




Não são verdades vendidas que nos fazem felizes,

Como perdidas notas musicais do mundo,

Pois a alma pede águas da paz como diretrizes,

Rumo  ao sonho intrépido,  denso e mais profundo... 




Ah, não sejamos ingênuos, incautos seres,

Nos grandes sobressaltos da cachoeira atroz

De um mundo onde és o que tu pareceres,

 

No profundo anátema de sermos já tão sós !

 

Queremos, sobretudo, amor, além dos vis deveres...






E nada, no fim, esconderá a vastidão da alma,

Estrada de emoção que, assim, naufraga em nós,

No coração, algoz que o sentimento acalma,

 

Como vento insigne do verso mais veloz.



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