SEM ALMA
Sem alma
sai sem som a palma
da mão silenciosa
sai nada não
da rosa
o perfume é vão...
Sem tudo
só lhe resta o nada
sem corte
a enxada
que cultiva a abóbora
à moda
roceira
pátria do aipim e da macaxeira...
Sem por
nada se tira
mira
o horizonte a lupa
que lusca
sob o sol inclemente
ainda tem gente
andando de olhos fechados
de repente
ao lado...
Sem fim
como começar o jardim
cultivar o ar
no pé de vento
amar
o tempo
que rege
nossa laje
nosso breve
estar
nesse momento?