ASSIM SÃO OS POETAS
Às vezes,
Poetas são humanos.
Tem lá suas loucuras,
Mas ao que parece,
São apenas no papel.
Normalmente sonham,
Mas nunca dormem.
O tempo lhes é precioso.
Poetas fazem coisas estranhas,
Como estalar os dedos
Chamando rimas,
Choram copiosamente
A cada amor perdido.
Facilmente iludidos
Sentem na pele a dor do passado.
Mas não lhe cabem julgamento,
Como disse,
O tempo é precioso.
Suas casas têm mais cantos
E possíveis esconderijos.
Seus escritos malditos,
Pensamentos alinhados
Ao que chamam de versos.
Ah, estrelas!
Como são divertidas,
Escondem-se de dia
E de noite se despem do pudor.
Assim são os poetas,
Livres,
E imprevisíveis.