Se faz tarde (...)
À (na) surdina, escondem-se os gritos,
Desejos paridos, fome dos instintos,
Resmunga o corpo a ausência daquele toque,
Louco está o tempo, não me provoques,
Para que os meus demônios,
Eu não os invoque,
O que faço agora,
Parece frio lá fora,
A brisa traiçoeira invade com amoras,
Parece loucura mas, sei que estás por perto,
Esse fogo queima cá dentro,
Sinto-me aflita, vá traga a tua combustão,
Não ouses a ignorar a equação,
Eleva-me aos de(lírios) dos meus limites,
Derive as minhas funções primitivas,
São de bases, são preliminares,
E ache a tangente do botão de rosa,
Poesia-me, seduza-me com prosa,
Na infinidade de Pi, mergulhe,
Com a língua ensalivada de desejos,
Elimine os parentes dos médios lábios,
E quando encontrares o valor Xis,
Evidencie com os dedos,
Para que se acabem os medos,
Onde eu possa revelar segredos
Aflorada e pigmentada de vontades,
Deixando-se à mercê de ti,
Nessa onda que deixa-me de maré cheia,
Enquanto sinto-te no interior dos meus lençóis,
Humedecido de prazer dos sóis (...)
(M&M)