DEMORA
DEMORA
As mãos estão frias de outono
Tudo tão seco
Apenas olhos estão úmidos
O belo azul ameniza as cinzas dos dias
Segue impávido o vírus
Eliminando seres gregários
O estar só passa a ser salvação
Uma tela passa a ser o real contato
Humano desumano que respira acuado
Mortos gritam cuidado
Respirar só e mascarado
Escondido da vida que não corre lá fora
E tudo não passa
Demora