Palavras e actos (...)
No julgo do acto,
Em cada minuto,
Aflora-se a sensação,
Quando as mãos ganham inspiração,
Perdem-se palavras para dar lugar ao toque,
Molha-se a língua com enfoque,
O corpo rapidamente responde ao estímulo,
Efeito da terceira lei,
Subindo e descendo,
Lentamente sobrevoei,
Entre contrações e convulsões,
A latência do calor era evidente,
As ondas impulsionavam a corrente,
Cicio traduzia variações,
Línguas e dedos perfeitas combinações,
Aceleração dos corpos envolventes,
A ânsia revelou-se no tempo,
Olhares deixaram-se diferentes,
Com a fome de cada alma trazia,
Dei-te alimento dos meus desejos,
Deste-me da fonte a água para matar a sede,
Pude nutrir-me com bastante magia
Nas margens de bordas inspiradas,
Seu ventre na espera,
De pele arrepiada expelido hormônios
A inocência do anjo para domar os demônios,
Testemunhadas por paredes caladas,
Onde murmúrios ecoavam,
Boomerang do som, para delirar os sentidos,
Tatuagens na pele com a bênção da noite,
Fogo da paixão dominadora,
Tremer das pernas no querer da loucura,
Desejo animal contido na nossa fome,
Transmissão de fluidos, daquele desejo com nome,
Vontades descritas no acto de amor
Onde nos banhamos de suor,
Até ao último instante do orgasmar com fervor (...)
(M&M)