A FUGA DO HUMANO CERTO
Alguém inveja-me por ser tão humano quanto o padre que reza terço, o tarado olhar do mocinho olhando a virgem...
A virgem, invejando o galã jogador de xadrez, que reluta o gambito por poder, da noção que o tempo passa como os grisalhos do cabelo, da troca de bengala por empurrões à cadeira de roda. Nos colocando em um canto que julgam adequado.
Eis o esforço da insistência, a relutante intenção em não se intensificar ao outro. Acaso vá, bem longe imaginar a cena acima: o truque da dama, o humano sendo falho só garante essa cautela de cair... e continuar indiferente a infelicidade que a realidade traz.
Nossa fuga do humano certo, e aquele teve o pensamento deste, a virgem, o galã e o padre. O homem e a mulher. O ponto de encontro a possibilidade do desejo construído. É a precipitação da não fuga - acabar por aqui; ou dar linha a pipa do que se pensa e quer de fato suposto ato.