NOITE INSONE
Os olhos estão abertos tarde da noite.
Ao redor, só escuridão.
O som do relógio de mesa corta o silêncio.
Venta lá fora
As janelas batem
As cortinas balançam
O sono não chega
O que chega é o medo de olhar para o nada
O medo sem saber exatamente do quê
Nesse instante, entra em cena a impaciência
E nada do sono se apresentar.
Depois de muito tempo,
o cansaço, enfim, vence o embate.
Os olhos se fecham
E a mente se desliga.
Pronto. Está livre para sonhar...
Para voar...ou descansar...
Livre para, nas nuvens, dançar...
(Glaucia Lira, 13/6/2021)