Sina
Nasci do verbo esperar
Com uma interrogação na testa
E um uivo louvando a lua.
Vendo a luz, soube que ia
Dar os meus primeiros passos
Em trilha de reticências
Ferindo sem dó, os pés.
Fadada a viver no ar
Espiava o amor nas frestas
Ilusão cobiçada e nua
Enquanto a labuta vestia
Mil afazeres devassos
Ali nas adjacências
Do suor suspenso em fé.