Ônus da verdade

Dizem ter ele o rabo preso,

Por isso voa tão raso,

Suas leis não passam de cambalacho,

Pois, comeu e come do mesmo cacho,

A mão pesa sobre ele,

Tem o mesmo nervo a flor da sua pele,

Sua sede, é superior ao do outro,

Seus caprichos, banhado em conforto,

Jamais nos levará ao bom porto,

Por isso estamos todos meio mortos,

O certo aqui parece bater torto,

Só eles têm fartura,

E nós o bolso roto,

Zero na margem da infinidade esquerda,

Corrigir a maldade, mera ilusão,

As tantas estão eles deliciando o banquete,

Com grandes taças e risadas,

E nós continuamos na furada,

Espectante que as migalhas,

caiam em nossos pratos (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 09/06/2021
Código do texto: T7275231
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