Ônus da verdade
Dizem ter ele o rabo preso,
Por isso voa tão raso,
Suas leis não passam de cambalacho,
Pois, comeu e come do mesmo cacho,
A mão pesa sobre ele,
Tem o mesmo nervo a flor da sua pele,
Sua sede, é superior ao do outro,
Seus caprichos, banhado em conforto,
Jamais nos levará ao bom porto,
Por isso estamos todos meio mortos,
O certo aqui parece bater torto,
Só eles têm fartura,
E nós o bolso roto,
Zero na margem da infinidade esquerda,
Corrigir a maldade, mera ilusão,
As tantas estão eles deliciando o banquete,
Com grandes taças e risadas,
E nós continuamos na furada,
Espectante que as migalhas,
caiam em nossos pratos (...)
(M&M)