Xamã
Levarei a lebre que matei sem dor
Para a solidão que só eu conheço
Na parte mais alta da montanha
E me alimentarei
Usarei sua pelagem para aquecer meu ninho nas pedras
Nunca haverá filhotes alí
A mim não cabe preservar minha espécie
Pois sou um falcão que não nasceu de um ovo
Sou o espírito de um Xamã
O último dos Iroqueses
Quando o sétimo solstício chegar
E minha energia for a plenitude da luz
Voarei para perto de Vênus
Onde tem uma estrela desconhecida
Que surgiu da explosão do planeta Kandar
Ali uma rosa lilás me espera
Exalando a fragrância de uma paz desconhecida
Que será nossa
Pela eternidade