As vezes do desalento
preciso sempre de mais
como estamos na meia
lua que nos leva ao cais
ver o mar e a sua triste sereia
chamo por esse alento
em asas que se despegam
da vida em farto vento
nos murmúrios que afagam
na espuma em que te perdes
às vezes do desalento
sem os dias em que decides
que tudo acabou no firmamento